O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Munícipio do Rio de Janeiro e  Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado  do Rio de Janeiro (Arfoc) contestam a iniciativa da TV Globo, que em fevereiro  deste ano começou a exibir reportagens feitas por telespectadores, selecionados  no projeto Parceiros do RJTV, que conta com 16 colaboradores das comunidades  cariocas. O projeto também se estenderá para telejornais de São Paulo e  Brasília.
Os parceiros são de diferentes classes sociais e níveis de  instrução, o que inclui donas de casa, professores, autônomos e estudantes. Cada  dupla recebe uma câmera de vídeo para fazer as reportagens, mas todo o processo  é supervisionado por jornalistas da emissora.
“Percebemos que está  acontecendo exatamente aquilo que o Sindicato e muitos jornalistas temiam:  repórteres e repórteres cinematográficos estão sendo substituídos por jovens  inexperientes submetidos a um rápido treinamento, e a baixo custo, numa  precarização inadmissível do mercado de trabalho”, diz a carta da entidade,  enviada nesta sexta-feira à TV Globo.
Na última segunda-feira (25/4), o  RJTV exibiu uma reportagem de quatro minutos de duração, filmada e narrada pelos  parceiros das comunidades. O sindicato alega que a TV Globo quer cortar gastos  com mão de obra barata. No entanto, segundo a emissora, o projeto pretende dar  voz à comunidade.
“O projeto “Parceiros do RJ” nada tem a ver com isso, e  vem sendo cumprindo rigorosamente como na proposta inicial. Trata-se de dar voz  à comunidades para que elas retratem o seu dia a dia, naquilo que consideram  importante, com a supervisão de nossos jornalistas. E os jovens contratados não  ocuparam vagas existentes na empresa e nem substituíram profissionais. Ao  contrário, o  projeto gerou novos postos de trabalho”, diz a nota da Central  Globo de Comunicação.


 
  