Assassinado radialista a tiros em frente à emissora no Rio de Janeiro

O radialista e sócio da Rádio Barra FM, Renato Machado Gonçalves, morreu ontem após ser baleado na porta da emissora, que fica no Centro de São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro. Ele morava na parte de trás do prédio.

Machado foi atingido por quatro tiros quando chegava em casa à noite. Os dois ocupantes de uma moto, apontados como autores dos disparos, fugiram. Pelo menos dois tiros atingiram a região do tórax do radialista.

Após o atentado, ele foi socorrido no Centro de Emergência de São João da Barra. Machado chegou a ser transferido para o Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, município vizinho, mas não resistiu e morreu no início da madrugada desta quarta feira (9/1).

Amigos do jornalista informam que ele não havia recebido nenhum tipo de ameaça nos últimos dias, mas se envolveu em uma confusão na Câmara da cidade durante as eleições municipais de outubro de 2012. Um amigo relata que o jornalista começou uma discussão com um vereador e logo depois foi agredido por pessoas que acompanhavam o político.

Pessoas próximas de Gonçalves contam que o jornalista sempre foi polêmico e com frequência se envolvia em confusões. Entretanto, não estava trabalhando em nenhum assunto delicado nos últimos dias. A investigação do crime está a cargo da 145ª DP, de São João da Barra. A organização Repórteres Sem Fronteira está acompanhando o caso. Até o início da tarde nenhum suspeito foi preso.

Ricardo Gama, polêmico blogueiro do Rio de Janeiro e que sofreu um atentado há dois anos, disse em um vídeo na internet que a morte de jornalistas está sendo banalizada. “Matar um jornalista, com todo respeito às demais profissões, é um atentado à liberdade de expressão. Não existe democracia sem imprensa livre. Jornalista sendo abatido assim do nada é grave”.

O blogueiro também chamou atenção para a impunidade no estado. “Meu caso está mofando na gaveta, não me recordo de nenhum caso de jornalista assassinado que tenha sido esclarecido, ou seja, a impunidade é total”.

 

 

 

 

 

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