O horário eleitoral gratuito estreia na TV daqui a uma semana, com um escoamento de plateia anunciado. Basta olhar para a TV paga, principal concorrente em audiência dos programas políticos, que dobrou de tamanho desde a última eleição presidencial (2014).
Há quatro anos, a TV por assinatura tinha cerca de 9,7 milhões assinantes no Brasil. No primeiro trimestre de 2014, o número de clientes do serviço bateu a casa dos 18,7 milhões.
Segundo levantamentos de audiência em 2012, com o início do horário político, a audiência da TV paga na faixa noturna chega a crescer até 46%. Na faixa vespertina, o crescimento dos canais por assinatura fica na faixa dos 20%.
Com mais assinantes, a migração para a TV paga tende a ser maior, o que já assusta partidos políticos e emissoras abertas, obrigadas por lei a exibirem o horário eleitoral gratuito.
Redes como Globo, SBT e Record já esperam uma queda entre 5% e 10% em suas médias diárias de ibope durante o horário eleitoral, que ficará no ar de 19 de agosto a 2 de outubro. São cerca de 2h30 por dia destinadas ao assunto, somando propagandas políticas e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já os canais pagos estão programando pacotes especiais de atrações e estreias para o período.
Folha de São Paulo