O sindicato dos radialistas de São Paulo entrou com liminar na Justiça para tentar reverter as 53 demissões feitas na TV Cultura, na semana passada. A entidade alega que a emissora descumpriu acordo de greve, firmado no fim de junho, em que se comprometia a dar um mês de estabilidade aos funcionários. A Cultura diz ter pagado 30 dias de trabalho para os demitidos.
As 53 demissões geraram crise interna. O diretor administrativo e financeiro da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV, se demitiu. Em sua carta de demissão, diz que a diretoria-executiva não foi consultada sobre os cortes e que não concorda com a maneira como foram feitos. A mesma reclamação é feita por outros diretores. Em greve de radialistas no fim de junho, a Cultura se comprometeu a não fazer demissões nos próximos 30 dias.
Tane Maria de Paiva Ymayo, diretora do RH da TV Cultura, também entrou na lista de cortes.
Mas ela se recusou a assinar a demissão porque não tinha garantias de pagamento do aviso prévio e recolhimento do fundo de garantia. Se ela não tinha, é de se imaginar a situação dos demais.
Folha de São Paulo
